Representantes da VALEC, do Ministério da Infraestrutura, do Programa de Parcerias de Investimentos, do DNIT, da FUNAI e do Instituto Socioambiental (ISA) se reuniram nesta quarta-feira (17) com o presidente da Associação Terra Indígena do Xingu (ATIX) e diretores da entidade, em Canarana, Mato Grosso, para debater os procedimentos de consulta unificada aos povos indígenas a respeito da construção da BR 242 e da Ferrovia de Integração Centro-Oeste.
A proposta de consulta unificada foi apresentada pelos povos do Xingu, em junho desde ano, durante o Seminário sobre Consulta Livre, Prévia e Informada aos Povos do TIX no caso da BR e da FICO, realizado na Câmara dos Deputados. Após o término do Seminário, representantes dos povos indígenas foram recebidos na Sede da VALEC para detalhamento da proposta.
Para a superintendente de Meio Ambiente e Desapropriação, Paula Tagliari, “é de extrema importância escutar os povos indígenas e buscar sinergia para a execução de obras de infraestrutura aliadas à sustentabilidade”.
A reunião realizada hoje deu continuidade a essas tratativas e definiu o formato e as etapas do processo de consulta. Fazem parte dessas etapas a capacitação de um grupo de trabalho do TIX, rodadas nas aldeias e reuniões com a Governança Geral dos povos indígenas. A primeira capacitação está prevista para outubro.
Participaram da reunião Rose Hofmann (PPI), Luiz Guilherme Mello (DNIT), Otto Zittlau (DNIT) e Mateus Salomé (MInfra).
A Associação Terra Indígena Xingu (Atix) representa os 16 povos indígenas que vivem no Território Indígena do Xingu: Aweti, Ikpeng, Kalapalo, Kamaiurá, Kawaiweté, Kisêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Tapayuna, Trumai, Wauja, Yawalapiti, Yudja.
FICO
A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) percorrerá 382,97 km, no trecho entre Água-Boa/MT e Mara Rosa/GO, com o objetivo de escoar a produção agrícola do Mato Grosso para os portos, melhorando a logística do país, a partir da conexão com a Ferrovia Norte-Sul, já executada pela VALEC.
Texto: Danielle Ribeiro/GGCOM