A Infra S.A. avançou mais uma etapa no projeto para plantar mais de 150 mil árvores nativas e reflorestar uma área de 93 hectares, equivalente a 93 campos de futebol, na Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso. O trabalho é uma das condicionantes do Ibama para emissão de licenças ambientais necessárias à pavimentação de trechos da rodovia BR-158/MT.
Em uma reunião realizada no município de Ribeirão Cascalheiras, no Mato Grosso, entre representantes da Infra S.A., da Fundação Nacional do Índio (Funai) e lideranças Xavante, os indígenas da Terra Indígena Marãiwatsédé aprovaram o cronograma, as áreas destinadas ao plantio das mudas e a lista de 93 espécies que serão plantadas. A seleção de árvores nativas considerou o potencial de uso das plantas pelas comunidades e pela fauna local. Entre as finalidades estão alimentação, uso medicinal, produção de artesanato, produção de mel, madeira, paisagismo, alimentação de fauna e outras atividades.
Durante o encontro, os indígenas receberam exemplares de mudas que serão plantadas na região. Pelo cronograma apresentado, a previsão é de que o preparo da terra seja realizado logo após a aprovação do Plantio Compensatório pelo Ibama.
Rodovia
A proposição da Terra Indígena Marãiwatsédé, do povo Xavante, para receber o plantio é fruto de um acordo realizado entre a Funai, o Ibama e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), representado no processo de licenciamento ambiental pela Infra S.A., demandada pelo Ministério da Infraestrutura. O plantio compensatório é uma das condicionantes do Ibama para o licenciamento ambiental de dois trechos da rodovia: o primeiro com 213,5 quilômetros de extensão, entre a divisa do Mato Grosso com o Pará e o entroncamento com MT-433 (trecho norte), e o segundo entre o entroncamento da MT-242/322 até o município de Ribeirão Cascalheira, com 89,8 quilômetros de extensão (trecho sul).
Mata Densa
No idioma Xavante, Marãiwatsédé significa mata densa. A Terra Indígena está localizada entre as bacias dos rios Xingu e Araguaia, no nordeste mato-grossense, e possui área de 165 mil hectares, sendo que grande parte dela está degradada.